O
texto nos traz várias temáticas sobre o conteúdo dos currículos da Língua
Portuguesa e nos mostra questões que muitas vezes nos passa despercebido.
Primeiramente,
o contexto social ao qual o currículo será aplicado, a linguagem que vem de
fora e suas condições de leitura. Não faz sentido algum usar um recurso
didático que faz uso de uma realidade totalmente diferente se seu público alvo.
É tarefa de o professor ficar atento a isso e fazer uso de recursos conhecidos
para um bom ensino-aprendizagem. Em um contexto histórico, o professor se torna
um dependente de um material didático completo e com orientações metodológicas a
fim de suprir as lacunas de sua formação.
A
concepção de língua possui propostas interacionistas apenas, ou que trabalhem também
com outras além de somente escrita, produção de textos e conhecimentos linguísticos
ou de gramática, mas é muito difícil que se encontre uma sistematização desses conteúdos,
um exemplo é quando se tem um texto em um livro e ele não é trabalhado como um todo,
apenas com frases isoladas a se trabalhar a gramatica tradicional. Trabalhar a
gramática é uma prática recorrente dos professores e na representação do ensino
da Língua Portuguesa, é o ponto forte trabalhado nos livros, para a constatação
de sua eficácia pela escrita e formar o sujeito alfabetizado e assim “forçar”
uma aprendizagem da norma padrão da língua, focalizando uma função social, de exercício
da cidadania, pois é normal ouvir que escreve ou fala errado não consegue um
bom lugar no mercado de trabalho ou não será ninguém na vida.
A
questão da leitura e escrita que é inserida na sala de aula como prazerosa, e
no texto traz que transformamos professores em bruxas, mágicos, fadas, e etc,
pode ser um erro. A leitura deve ir muito, além disso, deve ser uma produção de
sentidos em diferentes tipos de texto como em revistas, jornais, resenhas, etc
e a escrita muito mais do que apenas a produção de redações que fomos
acostumados a reproduzir. Como diz no texto “Tem sido difícil propiciar ou
visualizar, na escola, situações menos artificiais de relação com os textos,
para que o aluno vivencie a atividade de interação verbal da forma mais variada
possível” (pág 81).
Por
fim, como avaliar esse processo com mais importância do que o resultado? Essa é
uma difícil tarefa para o professor e muitas vezes a avaliação classificatória
e mais tradicional acaba prevalecendo como uma forma mais confortável de
reparar os erros cometidos pelos alunos.
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